Peixes no Pinheiros ou no Sapateiro?
Imagens de peixes no Rio Pinheiros compartilhadas nas redes sociais ultimamente a partir das postagens do empresário - e ciclista, usuário da ciclovia do rio - Rogério Lioi Monastero, ganharam visibilidade e vários artigos em blogs e jornais, situando o avanço do Projeto Novo Rio Pinheiros, do governo estadual e suas autarquias (Sabesp, EMAE, Cetesb, DAEE, em conjunto com a PMSP).
Após sucessivos anúncios da necessidade de despoluição dos rios metropolitanos desde a década de 70, foi somente em 92 (ano da ECO/RIO-92) após uma pressão da sociedade capitaneada pela ong SOS Mata Atlântica e Rádio Eldorado, que colheu mais de 1 milhão de assinaturas por um rio mais limpo, efetivou-se um projeto com financiamento do BID para o Rio Tietê. Lembrando que a presença de um jacaré de papo amarelo (o Teimoso) nas margens do Tietê, chamou a atenção dos paulistanos em meados de 92.
Mas o destaque atual é para o Novo Rio Pinheiros, importante programa de saneamento que é parte do Projeto Tietê. Considerando que o Rio Pinheiros é um dos maiores afluentes do Rio Tietê na RMSP, isso irá impactar a qualidade das águas do Tietê.

Iniciado em 2019, o projeto (totaliza 1,7 bilhões de reais) promete alcançar um nível de oxigenação nas águas que permita vencer o gás sulfídrico – que causa o odor conhecido pelos paulistanos e causa diversos danos à saúde - e promover a volta dos peixes às águas do Pinheiros até 2022. Uma série de programas como expansão da coleta e tratamento de esgotos; desassoreamento e aprofundamento do rio; coleta e destinação dos resíduos sólidos ao longo dos 25 quilômetros do rio; revitalização das margens, além de iniciativas socioambientais.
Malu Ribeiro, diretora da Fundação SOS Mata Atlântica, esclarece no entanto que o rio pinheiros não tem capacidade ainda para abrigar vida, mas a visibilidade de peixes no rio pinheiros ocorre na foz – local onde um curso d’água deságua em outro - de um contribuinte que foi despoluído ao longo de muitos anos e ações aplicadas. Esse córrego, no caso, é o Sapateiro.
O Sapateiro, que nasce nas cabeceiras do espigão da Domingos de Morais, atravessa o núcleo histórico da Vila Mariana, cruza a céu aberto o Parque Ibirapuera e abastece os lagos, segue pela Av. J.K. e deságua no Pinheiros, próximo ao Parque do Povo.
Os moradores do bairro buscam a preservação e a revitalização de seus córregos e comemoram esse evento de esperança da volta dos peixes aos cursos d’água com os paulistanos! A Associação de Moradores da Vila Mariana junto com o Coletivo Chácara das Jaboticabeiras, celebram também, 1 ano do trabalho conjunto que promoveu a inserção do córrego Guariba (nascente na Praça Arquimedes e contribuinte do Sapateiro) na atualização do Geosampa.
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