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Vila Mariana: 130 anos de história

  • cahanashiro
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura

Hoje, 3 de setembro, celebramos os 130 anos da Vila Mariana, um dos bairros mais emblemáticos de São Paulo.

Matadouro, hoje Cinemateca Brasileira
Matadouro, hoje Cinemateca Brasileira

Embora o nome tenha sido registrado oficialmente por Carlos Eduardo de Paula Petit, em cartório na Rua Vergueiro em 1895, o distrito só foi reconhecido pela Câmara de Vereadores em 1907. Sua história, no entanto, começa bem antes.

Primeiros registros

Desde 1770, a região aparecia nos mapas como “Meio Caminho do Carro”, passagem do Caminho do Mar, que ligava São Vicente à Vila de Piratininga. O ponto de parada dos tropeiros, conhecido como Rancho dos Tropeiros, ficava onde hoje se cruzam as ruas Vergueiro, França Pinto e Madre Cabrini.

Estação Vila Mariana
Estação Vila Mariana

Cruz das Almas e Colônia

No início do século XIX, o lugar ficou conhecido como Cruz das Almas, pelas cruzes erguidas na estrada em memória de tropeiros mortos por ladrões. Mais tarde, com a chegada de famílias italianas beneficiadas por doações do imperador D. Pedro II, o bairro passou a ser chamado de Colônia.

Um marco importante desse período ainda existe: o Marco de Meia Légua, na esquina das ruas França Pinto e Domingos de Morais, que indicava distâncias em léguas para diferentes pontos da cidade.

O nome Vila Mariana

Duas figuras foram decisivas:

  • Alberto Kuhlmann, engenheiro alemão naturalizado brasileiro, responsável pela construção da Ferrovia de Santo Amaro e do Matadouro Municipal (atual Cinemateca Brasileira) em 1887.

  • Carlos Petit, político e líder comunitário, que teria formado o nome “Vila Mariana” em homenagem à sua esposa Maria e à sua mãe Ana — embora outras versões apontem para a influência de Marianne Kuhlmann, proprietária de uma grande chácara na região.

    Instituto Biológico
    Instituto Biológico

Um bairro de memória e identidade

Com a urbanização, o bairro se desenvolveu, ganhou ruas, comércio, escolas e instituições culturais. A primeira professora da Vila foi Dona Mariquinha, esposa de Petit, que ensinava crianças pobres da vizinhança.


A história também é preservada pela família Kuhlmann, que manteve forte vínculo afetivo com a região. Um relato emocionante diz que, quando Alberto Kuhlmann faleceu na Alemanha em 1905, sua esposa Josephina enviou para o túmulo dele um travesseiro com terra da Villa Marianna, mostrando o quanto o bairro era amado.

Rua Domingos de Moraes
Rua Domingos de Moraes

📚 Referência: Texto de Denise Delfim e relatos da família Kuhlmann.

 
 
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